domingo, 25 de janeiro de 2015

Love not

Não Ames! Não Ames! Oh, desesperados filhos do barro! 
As mais alegres coroas de esperança são feitas com flores da terra -
Coisas que são feitas para esmorecer e cair
apesar de terem florescido por umas curtas horas.
Não ames!

Não ames! Aquilo que amas pode mudar:
Os lábios rosados pode deixar de sorrir-te,
Os amáveis olhos radiantes tornarem-se frios e estranhos,
O coração ainda bater com calor, sem que seja verdadeiro.
Não ames!

Não ames! Aquilo que amas pode morrer,
Pode desaparecer da terra da felicidade;
As estrelas silenciosas, o azul e sorridente céu,
a brilhar sobre a sua campa, como antes sobre o seu berço.

Não Ames!
Não ames! Oh, aviso proferido em vão
na presente hora como nos anos que passaram.
O amor atira um halo em torno da cabeça do amado,
Perfeito, imortal, até que mudem ou morram.

Não Ames! 


Love not, de Caroline Elizabeth Norton.
Mastigado para português por esta nada vossa humilde serva, na esperança que alguém conheça uma tradução decente de que tenha a gentileza de me dar conta. 

2 comentários:

  1. o Amor, esse outro absoluto, infelizmente também de exercício restrito, as exéquias de toda a utopia

    seguia quase assim, palavras de um sábio, escondidas na bruma desta velha memória erodida pelo tempo

    "o melhor é voltar-me sobre o lado esquerdo,
    e assim, deslocando todo o peso do sangue para a parte mais gasta do meu corpo, esmagar o coração"

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    1. Obrigada por esse verso maravilhoso (Carlos de Oliveira) que não conhecia e valeu a pena googlar. You made my day :)

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