quarta-feira, 27 de julho de 2016

Diário de Bordo

8 comentários:

  1. A sonhar com os mares do Norte, Cuca?

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    1. Fui lá buscar estes dois icebergues para minorar o meu problema do calor. Já venho a caminho.

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    1. A pirataria moderna já não cai nessas asneiras de viagens inaugurais. Neste navio caçamos icebergues!

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  3. O navio de espelhos
    não navega, cavalga

    Seu mar é a floresta
    que lhe serve de nível

    Ao crepúsculo espelha
    sol e lua nos flancos

    Por isso o tempo gosta
    de deitar-se com ele

    Os armadores não amam
    A sua rota clara

    (Vista do movimento
    dir-se-ia que pára)

    Quando chega à cidade
    nenhum cais o abriga

    O seu porão traz nada
    nada leva à partida

    Vozes e ar pesado
    é tudo o que transporta

    E no mastro espelhado
    uma espécie de porta

    Seus dez mil capitães
    têm o mesmo rosto

    A mesma cinta escura
    o mesmo grau e posto

    Quando um se revolta
    há dez mil insurrectos

    (Como os olhos da mosca
    reflectem os objectos)

    E quando um deles ala
    o corpo sobre os mastros
    e escruta o mar do fundo

    Toda a nave cavalga
    (como no espaço os astros)

    Do princípio do mundo
    até ao fim do mundo



    mário cesariny

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    1. "Do princípio do mundo até ao fim do mundo"... É um epitáfio de sonho!
      Obrigada, Flor.

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  4. Estás a chegar à marina da Figueira da Foz?



    (para entenderes este comentário, convém que dês uma saltada ao meu poiso ;)

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